Neste episódio, a jornalista Vera Magalhães, colunista do O Globo e âncora na CBN, discute o interrogatório de Jair Bolsonaro no STF, onde ele negou planos de golpe e fez comentários controversos. Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, reconheceu ter conversado com militares, mas afirmou que não havia clima para um golpe. Eloísa Machado, professora de Direito, analisa as implicações jurídicas de seu depoimento. Momentos de descontração contrastam com a gravidade das acusações, revelando uma defesa repleta de contradições.
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Bolsonaro nega plano de golpe
Jair Bolsonaro negou crimes e disse que não houve clima para um golpe de Estado.
Admitiu discutir "saídas dentro da legalidade" e desistir por falta de apoio político e militar.
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Falta de clima para golpe
Bolsonaro afirmou que "não havia clima" na sociedade para o golpe.
Isso indica que ele testou a aceitação das ideias golpistas e desistiu pela falta de apoio.
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Minuta do golpe: negou contradições
Bolsonaro hesitou e negou ter editado a minuta do golpe, apesar de ter visto o documento na reunião.
Essa contradição pode ser fatal na avaliação do ministro Alexandre de Moraes.
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Durante duas horas e 9 minutos, Jair Bolsonaro foi interrogado na ação penal sobre a tentativa de um golpe de Estado. Sentado frente a frente com Alexandre de Moraes, o ex-presidente negou a existência de um plano de golpe e admitiu ter conversado com militares sobre o que chamou de “saídas dentro da legalidade” para o resultado das urnas. Bolsonaro disse que “não havia clima” para um golpe. E negou ter enxugado a chamada minuta do golpe. O ex-presidente pediu desculpas a Moraes quando foi questionado sobre ter insinuado que ministros do Supremo recebiam propina durante as eleições. Ele ainda negou ter estimulado manifestações ilegais e chamou de “malucos” aqueles que pedem um novo AI-5 ou uma intervenção militar. Para detalhar e analisar os significados políticos do interrogatório de Jair Bolsonaro, Natuza Nery recebe a jornalista Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo, âncora na rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. Juntas, elas avaliam a postura adotada pelo ex-presidente no Supremo: no esperado encontro com Alexandre de Moraes, teve até clima de descontração – Bolsonaro “convidou” Moraes para ser seu candidato a vice em 2026; o ministro declinou. Vera também responde em quais momentos Bolsonaro se complicou e em quais outros apresentou contradições. Depois, Natuza Nery recebe Eloísa Machado, professora de Direito da FGV-SP e coordenadora do grupo de pesquisa Supremo em Pauta. Eloísa avalia as consequências do depoimento para o futuro jurídico de Bolsonaro. Para ela, durante o interrogatório no Supremo, Bolsonaro se defendeu, mas também fez “palanque”, com afirmações direcionadas para sua base de apoio. Ela explica ainda os próximos passos da ação no Supremo Tribunal Federal.