Thomas Traumann, jornalista e consultor de risco político, traz uma análise afiada das recentes eleições municipais brasileiras. Ele discute a ascensão do PSD e as implicações para a disputa presidencial de 2026. Em parceria com Natuza Nery, eles avaliam como Tarcísio de Freitas se destaca, além de explorar a fragmentação da direita e as vantagens que o PT pode ter com um "antipetismo rachado". A conversa também aborda a influência dessas eleições nas futuras votações da Câmara e do Senado, revelando um cenário político em transformação.
O PSD, ao conquistar 878 prefeituras, emerge como uma força vital na política brasileira e influenciará as eleições de 2026.
A fragmentação do apoio à direita, com busca por candidatos radicais, pode complicar a oposição ao PT e a Lula em 2026.
Deep dives
A ascensão do PSD e o novo cenário político
O PSD emergiu como o partido com o maior número de prefeituras após superar uma longa hegemonia do MDB, conquistando 878 municípios no primeiro turno das eleições municipais. Essa mudança reflete uma nova realidade política no Brasil, onde o partido busca se consolidar como uma força proeminente nas futuras disputas eleitorais. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, tem um plano ambicioso que envolve apoiar Tarcísio para o governo de São Paulo, mas também vislumbra a possibilidade de Lula se candidatar à reeleição em 2026. Essa estratégia indica uma tentativa de alinhamento com forças centristas e direitistas do cenário político, criando uma dança política complexa em busca de poder.
As divisões na direita e suas implicações
O antipetismo, uma força significativa entre os eleitores brasileiros, mostrou divisões evidentes nas últimas eleições. Parte dos eleitores que se opõem a Lula não procura um candidato conservador convencional, mas sim figuras mais radicais que desafiem o sistema. Exemplos de líderes conservadores, como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, ilustram uma fraqueza em controlar completamente esse sentimento difuso na direita, sugerindo que a fragmentação pode gerar múltiplos candidatos para a Presidência em 2026. Essa fragmentação pode complicar a formação de uma oposição unida contra Lula nas futuras eleições.
A fragilidade do PT nas eleições municipais
O desempenho do PT nas eleições municipais foi abaixo das expectativas, com o partido não conseguindo conquistar o número previsto de prefeituras. Isso revela uma crescente dependência do carisma de Lula, visto que o partido carece de novos líderes capazes de galvanizar apoio popular. Além disso, a baixa performance do PT indica que, para o ciclo eleitoral de 2026, eles precisarão se reestruturar para aproveitar a influência do governo federal e reforçar sua presença nas eleições. Este enfraquecimento do PT sugere que o partido pode estar mais vulnerável a desafios significativos, tanto internos quanto externos.
Impacto das eleições municipais na política nacional
As eleições municipais têm um papel crucial na configuração do cenário político nacional, especialmente em relação às futuras disputas para a presidência da Câmara e do Senado. O controle das emendas, que se tornaram uma ferramenta poderosa para os prefeitos recém-eleitos, destaca a interconexão entre os resultados municipais e a dinâmica eleitoral futura. O PSD, ao conquistar o maior número de prefeituras, se posiciona favoravelmente para influenciar a distribuição de emendas, o que poderá ter repercussões significativas nas eleições de 2026. Essa interação entre os níveis local e nacional enfatiza a importância da estratégia política bem articulada, onde o controle de recursos financeiros se torna um fator determinante na vitória de candidatos.
Terminada a apuração dos votos no último domingo, a fotografia dos poderes dos partidos ficou clara: as legendas de centro e de direita ganharam espaço nas prefeituras pelo país. O mapa da votação abre, a partir de agora, um jogo de forças de olho na disputa presidencial de 2026, como explica o jornalista Thomas Traumann em conversa com Natuza Nery neste episódio. Juntos, Thomas e Natuza avaliam como o PSD de Gilberto Kassab agora orbita em torno do nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também cortejado pelo PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. Eles analisam ainda como o PT e o presidente Lula podem se beneficiar de uma “direita rachada”. E, por fim, apontam como os resultados das eleições municipais influenciam na disputa pela sucessão da presidência da Câmara e do Senado já no início de 2025.
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