Raquel Krähenbühl, correspondente da TV Globo na Flórida, compartilha relatos em primeira mão sobre as consequências devastadoras do furacão Milton. Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica os fatores que tornaram essa temporada de furacões tão intensa, incluindo a rápida escalada do Milton para categoria 5. Os convidados discutem a preparação das autoridades, os impactos emocionais nos residentes e a necessidade urgente de enfrentar as mudanças climáticas que intensificam esses fenômenos. Uma conversa envolvente sobre a atualidade climática.
A temporada de furacões de 2024 é a mais assustadora já vista, com o furacão Milton causando evacuações massivas e destruição significativa na Flórida.
O aquecimento das águas do Oceano Atlântico, até dois graus acima da média, está aumentando a intensidade e a frequência de furacões, como Milton.
Deep dives
A Preparação Para O Furacão Milton
A iminente chegada do furacão Milton à Flórida resultou em grandes preparações por parte das autoridades e da população. Quase 6 milhões de pessoas receberam ordens para evacuar e muitos se apressaram para estocar água e alimentos. Supermercados se esvaziaram rapidamente e houve limitação na compra de itens básicos, refletindo a tensão do momento. Com ventos iniciais de até 200 km/h, a cidade teve suas ruas esvaziadas, e a expectativa para a chegada do furacão era alarmante.
Os Efeitos Devastadores de Milton
Embora o furacão Milton tenha chegado à Flórida como categoria 3, ele ainda causou destruição significativa, incluindo a destruição do teto do estádio de beisebol de Tampa Bay. Mais de 3 milhões de casas ficaram sem energia, e pedaços de infraestrutura foram danificados em todo o estado. A passagem do furacão deixou famílias em estado de pânico, com relatos de pessoas que temiam pela segurança de suas casas. A batalha contra a força da natureza evidenciou a vulnerabilidade de muitos residentes na região.
Impacto da Temperatura do Oceano nos Furacões
O aumento da temperatura do Oceano Atlântico, que está até dois graus acima da média, tem sido um fator crucial na intensificação dos furacões, incluindo o Milton. Cientistas alertam que esse aquecimento contribui para uma frequência maior de fenômenos climáticos extremos, como furacões. A água quente é um combustível para esses eventos, potencializando sua força e fazendo com que fenômenos naturais se tornem ainda mais devastadores. A expectativa é que a temporada atual de furacões proporcione até 25 tempestades, com até 13 podendo se tornar furacões significativos.
As Consequências das Mudanças Climáticas
A discussão em torno das mudanças climáticas e suas implicações para os furacões se torna cada vez mais urgente. Especialistas preveem que, sem ações efetivas para controlar a temperatura dos oceanos, os furacões se tornarão mais frequentes e intensos nas próximas décadas. Regiões vulneráveis, como o Haiti, podem enfrentar consequências devastadoras devido à falta de infraestrutura adequada para enfrentar esses desastres naturais. O aumento do nível do mar também representa uma ameaça, com cidades sendo potencialmente submersas se fenômenos climáticos extremos continuarem sem controle.
Todos os anos, entre junho e novembro, o Caribe e o sudeste dos Estados Unidos ficam em alerta para a passagem de furacões. Em 2024, pela primeira vez um deles atingiu a categoria 5 (a mais severa) ainda no mês de junho: o furacão Beryl. Depois dele, mais quatro passaram pelos EUA – quantidade maior que as três temporadas anteriores. Há algumas semanas, o furacão Helene causou a morte de duas centenas de pessoas. E, agora, o furacão Milton nasceu com o presságio de ser o mais potente já visto neste século. No estado da Flórida, quase 6 milhões de pessoas foram orientadas pelas autoridades locais para saírem de suas casas diante do risco iminente. Na direção contrária, Raquel Krähenbühl, correspondente da TV Globo no país, foi para Orlando para testemunhar as consequências do desastre. Ela e o produtor Victor Bonini contaram a Natuza Nery o que viram e ouviram in loco na Flórida. Também neste episódio, Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica o que fez do Milton tão temido e porque esta temporada de furacões é a mais assustadora já vista, e avisa que as próximas devem ser cada vez piores.
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