

Lula está cada vez mais refém do apetite de Lira e do Centrão?
O governo Lula anunciou nesta quarta-feira (25) a demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. No seu lugar, assume o economista Carlos Vieira Fernandes, um aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. O movimento já era esperado desde o meio do ano, quando se iniciaram os rumores a respeito do futuro da pasta.
Serrano é a terceira mulher do alto escalão do governo a ser substituída por um homem, juntando-se a Ana Moser, do Ministério dos Esportes, e Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo. Todas as movimentações miraram acordos costurados por Lula para trazer partidos do Centrão para a base aliada do governo, como o PP e o Republicanos.
Logo após a medida, o chamado “fundo dos super-ricos” foi votado, aprovado e agora segue para o Senado Federal. O projeto de lei, de alto interesse do Planalto, faz parte da estratégia do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de gerar arrecadação capaz de zerar o déficit em 2024.
Afinal, o presidente Lula conseguiu saciar o apetite do Centrão por cargos e emendas e pode, a partir de agora, contar com uma base ampla e estável no Congresso? O governo petista vai precisar ceder mais até o fim do ano para aprovar outras pautas vistas como fundamentais? O que restou de oposição programática dentro do Parlamento?
O ‘Estadão Notícias’ desta sexta-feira, 27, conversa sobre o assunto com Roseann Kennedy, editora da ‘Coluna do Estadão’ e apresentadora do vodcast ‘Dois Pontos’.
Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Jefferson Perleberg, Adrielle Farias, Gabriela Forte e Iraci Falavina
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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