Desde que o país recusou sediar a COP-25 – uma das primeiras decisões do então presidente-eleito Jair Bolsonaro (PL, então no PSL) – a política climática brasileira foi rebaixada à posição de pária global. Durante os últimos quatro anos, a Amazônia registrou recordes de desmatamento e o Brasil se tornou o quinto maior emissor de gases de efeito estufa. Nesta quarta-feira, o “discurso contundente” do presidente-eleito Lula (PT) na 27ª Conferência do Clima atraiu os olhos de “observadores e negociadores de todo o mundo”. É o que testemunhou, diretamente de Sharm El Sheikh, no Egito, a administradora pública especialista em mudanças climáticas Natalie Unterstell. Em entrevista a Julia Duailibi, ela, que é também presidente do Instituto Talanoa, relata a expectativa dos representantes em relação à volta do país aos compromissos climáticos. “Há esperança, mas também cobrança”, diz. Na agenda política interna, Lula sinalizou a necessidade de “fortalecer alianças” com estados e municípios para avançar em direção a uma “economia descarbonizada”. Para os agentes internacionais, avalia Natalie, foram bem recebidos o compromisso de zerar o desmatamento de todos os biomas até 2030 e a “tímida” pressão sobre os países desenvolvidos para “cumprirem os acordos que podem conter a crise climática”.
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