Líbano: o ataque mais mortal de Israel em duas décadas
Sep 24, 2024
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Os recentes bombardeios israelenses no Líbano resultaram em cerca de 500 mortes, marcando o ataque mais letal desde 2006. O relato de Ibrahim Khalil revela o pânico nas ruas de Beirute, enquanto a relação dos libaneses com o Hezbollah é explorada. João Miragaya compartilha os efeitos na vida cotidiana dos israelenses, com evacuações e impactos econômicos. O medo de uma guerra iminente entre Israel e Hezbollah cresce, e as tensões internacionais aumentam, fazendo com que a situação política se torne ainda mais complexa.
Os recentes ataques aéreos israelenses no Líbano resultaram em cerca de 500 mortes, representando a ofensiva mais mortal em duas décadas.
A normalização da violência entre os libaneses revela uma resiliência impressionante diante do pânico gerado pelos constantes conflitos.
Deep dives
Intensificação dos ataques israelenses
Israel lançou uma série de ataques aéreos intensos no Líbano, resultando em um número elevado de mortes e feridos, incluindo muitas crianças e mulheres. As autoridades israelenses afirmaram que esses ataques visavam atingir alvos do Hezbollah em resposta a ameaças do grupo de realizar ataques contra seu território. Essa escalada de hostilidades é considerada a mais violenta desde a Guerra de Julho de 2006, marcando um aumento significativo nas tensões entre os dois países. Como resultado, muitos libaneses foram forçados a fugir de suas casas em busca de segurança, criando um clima de pânico generalizado na região sul do Líbano.
Normalização da violência no Líbano
Os libaneses apresentaram um nível impressionante de resiliência diante da constante violência, com muitos normalizando a situação caótica em que vivem. Apesar dos ataques cotidianos, grande parte da população fora das áreas mais afetadas continuou com suas vidas, como se o conflito fosse uma parte intrínseca da realidade. A fragmentação social e sectária no Líbano também contribui para essa normalização, já que as diferentes comunidades reagem de maneiras diversas aos conflitos. Isso demonstra como a longa história de instabilidade política e militar do Líbano impacta a forma como os civis lidam com a violência incessante.
Complexidade do conflito e suas repercussões
O conflito entre Israel e o Hezbollah é marcado por uma profunda complexidade, com distintas facções e os interesses regionais atuando de formas interligadas. O Hezbollah, embora posicionado como um ator militar significativo, divide opiniões dentro do Líbano, com algumas comunidades o apoiando e outras o rejeitando. Recentemente, as tensões aumentaram, à medida que Israel tomou medidas drásticas para responder aos ataques do Hezbollah, resultando em impactos sociais e econômicos em ambas as nações. Este ciclo de violência gera sérias preocupações na comunidade internacional sobre a possibilidade de uma guerra regional maior, especialmente com a crescente intervenção do Irã.
Mísseis e bombas atingiram a capital Beirute, o sul e o leste do território libanês. A ofensiva ordenada pelo governo israelense resultou em cerca de 500 mortes – é o bombardeio mais letal contra o Líbano desde a “Guerra de Julho” de 2006, quando Israel também lançou uma ofensiva contra solo libanês. Os ataques desta segunda-feira (23) acendem todos os alertas para o risco de uma guerra deflagrada entre Israel e o grupo extremista Hezbollah – temor cada vez mais acentuando desde 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas, parceiros do Hezbollah, executaram 1.200 israelenses. Neste episódio, Ibrahim Khalil, autor de um blog sobre a vida no Líbano, conta a Natuza Nery o que viu pelas ruas de Beirute – onde vive há mais de 20 anos – no dia do maior ataque israelense das últimas duas décadas. Ibrahim relata também a relação dos libaneses com o Hezbollah, no dia a dia. Natuza fala também com João Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel Aviv e colaborador do Instituto Brasil-Israel, que explica o que está acontecendo do outro lado da fronteira – onde ele e sua família tiveram que deixar a casa onde moram, no norte do país, para fugir do conflito.
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