Contra-Corrente

Portugal está condenado à pobreza? — Debate

13 snips
Jul 8, 2025
Nuno Palma, professor de Economia no Reino Unido e autor de 'As Causas do Atraso Português', e André Brandão Amaral, colunista do Observador especializado em economia e política, discutem a decência econômica de Portugal ao longo da história. Eles abordam a influência dos fundos europeus, as deficiências institucionais e políticas, e os desafios da educação no país. Além disso, refletindo sobre a dependência financeira e a necessidade de reformas, os convidados enfatizam a importância de uma visão de futuro para um desenvolvimento sustentável.
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INSIGHT

Instituições e cultura moldam riqueza

  • A riqueza dos países não depende só de recursos, mas de instituições inclusivas e cultura. - O efeito do ouro do Brasil no século XVIII prejudicou a modernização portuguesa.
ANECDOTE

Expulsão dos jesuítas e educação

  • Expulsão dos jesuítas foi um cataclismo para a educação portuguesa. - Colégios e milhares de alunos desapareceram, prejudicando o capital humano do país.
INSIGHT

Como os Fundos Europeus Podem Estar Atrapalhando o Crescimento de Portugal

Os fundos europeus, apesar de essenciais para o investimento público em Portugal, criaram uma dependência perniciosa, conhecida como "doença holandesa" ou "maldição dos recursos".

Nuno Palma explica que o país recebe muitos desses fundos, mas este dinheiro fácil distorce os investimentos, privilegiando setores não competitivos internacionalmente e gerando um efeito inflacionista nos setores não transacionáveis.

Além disso, a má gestão e a captura das instituições por elites políticas impedem que os fundos sejam usados de maneira produtiva, perpetuando o atraso econômico.

A verdadeira solução para Portugal exige melhorar suas instituições e sair da dependência dos fundos, esperando que isso force o país a fazer reformas estruturais e investir na inovação.

> "Neste momento, 90% do investimento público é suportado pelos fundos europeus, e se não houver instituições fortes, os fundos acabam por alimentar elites extrativas e manter o status quo."

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