Luiz Caldas, cantor e compositor baiano, é considerado o criador do Axé Music, enquanto Ivete Sangalo, uma das principais intérpretes do gênero, compartilha sua energia contagiante. Eles falam sobre a explosão do Axé nos anos 80 e como o ritmo reformulou o Carnaval. Luiz destaca a evolução e aceitação atual do gênero, mencionando novas bandas. Ivete relembra sua primeira experiência no trio elétrico e suas influências musicais, expressando seu amor e respeito pelo Axé, que ela considera uma parte fundamental de sua identidade.
Luiz Caldas e Ivete Sangalo destacam que o Axé é uma fusão de ritmos que traz alegria e unidade nas festividades brasileiras.
O Axé, apesar de enfrentado com desdém inicialmente, conquistou reconhecimento nacional, transformando-se em um marco da identidade musical brasileira.
Deep dives
A Origem e a Evolução do Axé
O Axé é um movimento musical que se consolidou como um dos gêneros mais importantes do Brasil, especialmente durante o carnaval. Suas raízes estão ligadas ao trio elétrico e à guitarra baiana, com Luiz Caldas sendo reconhecido como um dos pioneiros ao popularizar esse estilo na década de 1980. Ele reconfigurou a música baiana ao incorporar novos elementos, como teclados, desafiando as tradições da música folclórica, o que permitiu uma fusão criativa de ritmos diversos. Essa reinvenção não só impulsionou a carreira de Caldas, mas também abriu portas para artistas subsequentes e estabeleceu o Axé como uma força cultural potente no Brasil e além.
Impacto Cultural e Reconhecimento
O Axé foi inicialmente tratado com desdém, sendo ridicularizado por seu caráter festivo e popular, especialmente em um contexto de competição com o rock e outros gêneros. Luiz Caldas descreve como esse preconceito foi superado ao se mostrar que sua música e estilo traziam vitalidade e uma nova língua cultural. O reconhecimento nacional começou a florescer com a influência de mídias como o programa de Chacrinha e a novela 'Tieta', que ajudaram a levar a música Axé para uma audiência mais ampla, além das fronteiras da Bahia. Essa visibilidade acabou transformando a percepção do Axé, valorizando-o como um marco na identidade musical brasileira.
A Importância da Coletividade e da Alegria
O Axé não é apenas um estilo musical; é uma manifestação coletiva que promove alegria e celebração nas festividades brasileiras, especialmente durante o carnaval. Tanto Luiz Caldas como Ivete Sangalo enfatizam que a música tem um papel fundamental em unir as pessoas e criar um ambiente de liberdade e felicidade. Caldas afirmou que o Axé serve como um 'liquidificador' cultural, onde diferentes ritmos e influências se misturam para gerar algo novo e vibrante. Essa sinergia é vista como uma contribuição essencial para a cultura popular brasileira, capaz de encorajar um senso de comunidade e identidade.
O Legado do Axé e Suas Perspectivas Futuras
O legado do Axé está claro na continua evolução e adaptação do gênero ao longo dos anos, com novos artistas trazendo inovações enquanto honram suas raízes. Luiz Caldas reconhece que o Axé continua a se expandir, dando espaço para novas gerações, como a Baiana System e outros, que mesclam ritmos e influências contemporâneas. A presença do Axé em festivais internacionais demonstra sua relevância global, solidificando sua posição como um movimento que transcende barreiras e fortalece a cultura baiana em todo o mundo. Isso mostra que, apesar das transformações, o Axé permanece uma parte vibrante e essencial da paisagem musical brasileira.
Era fevereiro de 1985 quando Luiz Caldas lançou a música Fricote, na Bahia. Nascia ali o movimento musical que mistura ritmos e influências e “reformulou o Carnaval”, como define o próprio Luiz Caldas em entrevista a Natuza Nery neste episódio. Considerada uma das maiores intérpretes do ritmo, Ivete Sangalo fala sobre o poder do Axé no trio elétrico e no Carnaval. Quatro décadas após o nascimento do Axé, o cantor e compositor Luiz Caldas avalia que "o Axé está super saudável e com muito espaço para nascer gente boa”. Como exemplo, ele cita bandas como BaianaSystem e Àttooxxá. Luiz Caldas explica o que faz do ritmo uma mistura de vários outros e relembra o nascimento e a explosão do Axé, que em seu início era tratado com desdém. Ivete relembra seus primeiros contatos com a música de Luiz Caldas até o momento em que ela própria virou uma voz onipresente do ritmo. A cantora relata o que sentiu a primeira vez em que subiu no trio elétrico, “uma sensação inebriante”, diz. Ivete fala ainda de suas influências musicais, e do estouro no Carnaval. Ao comentar o título de “rainha” do Axé, Ivete se diz “muito mais súdita” do gênero.
Get the Snipd podcast app
Unlock the knowledge in podcasts with the podcast player of the future.
AI-powered podcast player
Listen to all your favourite podcasts with AI-powered features
Discover highlights
Listen to the best highlights from the podcasts you love and dive into the full episode
Save any moment
Hear something you like? Tap your headphones to save it with AI-generated key takeaways
Share & Export
Send highlights to Twitter, WhatsApp or export them to Notion, Readwise & more
AI-powered podcast player
Listen to all your favourite podcasts with AI-powered features
Discover highlights
Listen to the best highlights from the podcasts you love and dive into the full episode