Neste episódio, Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1, traz detalhes do histórico julgamento de Jair Bolsonaro, o primeiro ex-presidente condenado por crimes contra a democracia, com penas que somam 27 anos de prisão. Oscar Vilhena analisa o impacto político e histórico da condenação, ligando-a a eventos significativos na história do Brasil. Gustavo Binenbojm debate as nuances legais da decisão, incluindo a reação das defesas e a possibilidade de recursos. Os convidados exploram questões sobre a fragilidade das instituições democráticas diante de ameaças contemporâneas.
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insights INSIGHT
Organização Criminosa Identificada
Carmen Lúcia concluiu que havia uma organização criminosa com modus operandi de milícia digital contra as urnas eletrônicas.
Ela identificou Jair Bolsonaro como líder dessa organização, agravando sua responsabilidade penal.
insights INSIGHT
Provas Audiovisuais Reforçam Vínculo
Alexandre de Moraes mostrou vídeos e imagens para demonstrar ameaça e organização, respondendo à visão de Fux sobre liberdade de expressão.
O material evidenciou incitação e roteiro coordenado que sustentou a condenação por crimes contra a democracia.
question_answer ANECDOTE
Momento Tenso Com Vídeo do 7 de Setembro
Moraes exibiu um vídeo do discurso de Bolsonaro em 7 de setembro de 2021, causando desconforto em Luiz Fux durante a sessão.
A reação visível de Fux (cabeça baixa) tornou o momento tenso e simbólico no julgamento.
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Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, Gustavo Binenbojm , prof. Faculdade de Direito da UERJ, e Oscar Vilhena, prof. Faculdade de Direito da FGV-SP. Pela primeira vez na história, um ex-presidente é condenado por crimes contra a democracia. Por 4 votos a 1, a 1ª Turma do STF condenou Jair Bolsonaro, e outros 7 réus por 5 crimes. A pena imposta ao ex-presidente é de 27 anos e 3 meses de prisão. Além de Bolsonaro, foram condenados Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro e candidato a vice na chapa derrotada). Neste episódio, Natuza Nery recebe três convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, Gustavo Binenbojm , prof. Faculdade de Direito da UERJ, e Oscar Vilhena, prof. Faculdade de Direito da FGV-SP. Repórter do g1 que acompanhou de dentro do STF todas as sessões do julgamento, Turollo explica como foram os votos que levaram à condenação de Bolsonaro e dos outros réus. Ele relata o clima entre os ministros no dia seguinte ao voto de Luiz Fux - único dos magistrados a pedir a absolvição do ex-presidente. Ele conta como foi feita a definição das penas e o que acontece a partir de agora. Quem desenha os significados políticos e históricos da condenação é Oscar Vilhena. “Tivemos a prevalência da lei sob a barbárie”, diz o professor. Vilhena analisa as pressões internas por anistia e a ameaça externa vinda dos EUA – Donald Trump chamou a condenação de “terrível” e o secretário de Estado americano prometeu resposta à decisão. O professor conclui: “a partir de hoje, quem tem compromisso com a democracia tem que estar mais atento do que nunca”. Depois, Natuza Nery recebe Gustavo Binenbojm para falar dos argumentos jurídicos apresentados por Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. É ele quem sinaliza como os quatro ministros que votaram pela condenação, analisaram “o filme” golpista, enquanto Fux apontou fatos isolados para justificar seu pedido de absolvição.