Tanguy Bagdadi, professor de política internacional e fundador do Petit Jornal, junto com Hussein Kalu, cientista político do CEBRI, mergulham nas recentes tensões entre Israel e Irã. Eles discutem o impacto do ataque israelense às instalações nucleares iranianas e a resposta imediata do Irã, que lançou mísseis em direção a Tel Aviv. Analisam ainda as consequências geopolíticas dessas ações e como essa escalada de conflitos pode afetar a segurança internacional, inclusive no Brasil.
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Israel mira programa nuclear iraniano
Israel atacou as principais instalações nucleares do Irã para impedir o avanço do programa nuclear.
Foram mortos chefes militares e cientistas importantes, provocando grande impacto estratégico.
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Irã promete resposta contundente
O Irã declarou que Israel iniciou uma guerra e receberá uma resposta dura.
O Conselho de Segurança da ONU foi informado que a resposta será decisiva e proporcional.
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Resposta rápida do Irã
Menos de 24 horas após o ataque israelense, o Irã lançou mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém.
O conflito já gera medo global e tensão crescente no Oriente Médio.
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Era madrugada de sexta-feira, no horário local, quando uma ofensiva israelense mirou o “coração do programa de armamento nuclear” do Irã. Os bombardeios de Israel atingiram pelo menos três instalações nucleares e mataram chefes militares e cientistas. As forças israelenses afirmam que o objetivo da operação era impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Menos de 24 horas depois, o contra-ataque iraniano começou: as cidades de Tel Aviv e Jerusalém foram alvo. A escalada de ataques entre Israel e Irã reacende o temor de um conflito nuclear, além do risco de um conflito generalizado no Oriente Médio. Neste episódio extra de O Assunto, Natuza Nery recebe Tanguy Baghdadi e Hussein Kalout para explicar os motivos que levaram ao ataque israelense, e o que esperar da resposta iraniana. Tanguy Baghdadi, professor de política internacional e fundador do podcast Petit Journal, detalha os elementos que levaram à ofensiva israelense neste momento: a situação política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a queda de importantes apoiadores do regime iraniano e a crise interna no governo de Teerã. Ele relembra que o programa nuclear iraniano foi incentivado pelos próprios EUA, ainda na década de 1950, e justifica porque não interessa ao Irã que os americanos entrem nesta guerra. “Agora temos uma guerra de um para um”, diz, ao falar dos riscos de a guerra se espalhar. Depois, Hussein Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), avalia que o Irã está “emparedado” por dois motivos: o isolamento regional, depois de não responder aos ataques israelenses contra importantes aliados, e o risco interno de ver surgir um levante contra o regime. Por fim, ele conclui quais são os interesses dos EUA no conflito.