“É quando o eleitor se considera minoria dentro de seu grupo social”, e não fica à vontade para “expressar sua opinião real”, deixando para fazê-lo apenas na urna, define Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria e professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Em conversa com Renata Lo Prete, o cientista político afirma que esse fator surpresa ocorreu na eleição de Donald Trump (2016) e também na de Jair Bolsonaro (2018). Este ano, a partir de três estudos, o cientista político conclui que o fenômeno pode acontecer com sinal invertido na disputa presidencial: "o eleitor do Lula tende a não falar sobre seu voto, principalmente quando identifica a presença de um eleitor do Bolsonaro", que seria, em suas palavras, “mais vocal e engajado”. E especifica: "são as mulheres e a população mais pobre que mais sofrem pressão". Num ambiente político conflagrado, no qual um dos lados estimula permanentemente a violência, o medo é o motor do voto envergonhado, acredita Nunes. Ele avalia, porém, que um outro tipo de voto - o estratégico, também conhecido como “útil” - tende a ser ainda decisivo para definir se a disputa acabará ou não em 2 de outubro.
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