O machismo e o discurso de ódio não foram inventados na internet, mas encontraram nela um terreno fértil para se espalhar. Mariana Valente, pesquisadora e autora do livro “Misoginia na Internet”, afirma que os conteúdos misóginos nas redes sociais mainstream têm aumentado nos últimos anos –e que nem sempre as soluções penais dão conta desse fenômeno.
“Quando a gente começou a usar a internet nos anos 90, existiam mais estritamente os espaços online. Hoje, a internet está no nosso bolso. No caso da população brasileira, a gente tá falando de quase 90% de usuários da internet e, principalmente entre os jovens, de um uso muito intenso. A distinção [entre online e offline] está ficando muito pequena.”
No Fio da Meada, ela conta como a arquitetura das redes ajuda a disseminar e a ganhar dinheiro com postagens misóginas. Também explica qual a diferença entre sexismo e misoginia e defende que termos como “pornografia de vingança” são inadequados para tratar desse tipo de ataque a mulheres. "Quando a gente fala de pornografia de vingança, parece que a gente está legitimando a ideia de que a mulher fez alguma coisa antes que gere uma vingança. 'Então isso aconteceu porque ela terminou o relacionamento'. Colocando os homens nesse lugar de vítima."
A transcrição do episódio está disponível no site da Rádio Novelo: https://bit.ly/transcriçãoep38
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