Foram meses de intensa participação na campanha presidencial e mais 128 dias dentro da Casa Branca. E, então, deu-se o divórcio com Donald Trump, com direito a barraco público. No meio da briga, o presidente dos EUA ameaçou cortar incentivos públicos para a SpaceX, empresa de exploração espacial de Elon Musk, que depende de contratos com o governo. No meio da confusão política, Musk viu o valor das ações da Tesla desabar. Desde que o republicano tomou posse, os papéis da empresa de carros elétricos se desvalorizaram em cerca de 30%, uma perda na casa dos US$ 379 bilhões para o empresário. É nesse contexto que agora Elon Musk diz querer criar um partido para chamar de seu. O bilionário anunciou em sua rede social, o X, que vai criar o “Partido da América”, em uma tentativa de romper com o sistema bipartidário dominante nos EUA. Para explicar a viabilidade de um novo partido político e o que Musk pretende com isso, Julia Duailibi conversa com Cesar Zucco, professor titular de Política e de Políticas Públicas da FGV-RJ. Ele explica como o sistema político e partidário dos EUA contribui para a dominância de republicanos e democratas. E avalia as dificuldades para que um terceiro partido tenha representatividade no Congresso. Depois, Julia recebe Daniela Braun, repórter de tecnologia do jornal Valor Econômico, que comenta o desempenho das empresas do bilionário diante das crises políticas protagonizadas por ele.